Estava lendo o Evangelho com minha amiga, e após a leitura
sempre debatemos e tentamos encaixar exemplos do nosso cotidiano. Mas nesse dia
eu estava um pouco distraída, pensando em tanta coisa que aconteceu nos últimos
dias, e quando minha amiga perguntou o que eu tinha entendido da leitura,
disse, um pouco entediada: ah sim, temos que passar pelos momentos ruins pra
ver se assim a gente consegue evoluir espiritualmente. Ok. Ela sorriu e me
disse: eu não acho isso! Acredito que podemos aprender tanto, estudando,
escutando, orando, e se aplicarmos essa energia boa no nosso dia a dia, nem
precisamos viver esses momentos tão complicados. Claro que eles sempre vão
existir: mas podemos facilitar muito toda a dificuldade. Dessa maneira,
melhoramos espiritualmente e carregamos menos raiva, menos culpa, menos
frustração dentro da gente, e seguimos mais leves em frente.
Achei engraçado porque eu costumo ser sempre mais positiva
do que ela. Mas se eu paro pra analisar esse ano, não fui assim. Pensei em
desistir muitas vezes. Cansei de tanta coisa, no começo eu ainda me preocupava
em me manifestar sobre os ridículos acontecimentos que não paravam de surgir,
até que parei. Comecei a ficar quieta, inclusive nos ataques, mas me
incomodava, queria gritar, e reclamava as pessoas mais próximas, incrédula com
o mundo, com a cegueira coletiva, e no final eu estava completamente sem esperanças.
Quando minha amiga fez falou com toda a calma comigo, sorrindo, tão linda, eu
comecei a rir com ela. Ficamos conversando de como encaramos os últimos episódios
estressantes em nossas vidas, envolvendo pessoas queridas ou não, e o que
concluímos é que todas as vezes que não reagimos impulsivamente, que
conseguimos pensar e não ofender ainda mais o outro, foi quando contornamos de
melhor maneira a situação e nos sentimos mais tranquilas.
Esse foi um ano pesado para nós duas. Pesou mais quando
nossa reação teve a mesma intensidade da ação, ou quando extrapolamos. Mas nos
momentos em que tivemos paciência, tudo se tornou mais simples. Seja numa
viagem que tinha tudo pra dar errado; nas brigas com as amigas ou com o
namorado; nos problemas familiares; no trabalho, nos ataques pessoais... e o
que foi muito importante também foi colocar menos expectativa nas pessoas. Cada
um tem o seu momento de enxergar, cada um tem a sua história, e a própria
carga. Bater boca em momentos quando o outro está sedento por briga, ou exausto
depois de tanto trabalho, torna um mais surdo do que o outro. Já quando
esperamos pacientemente o melhor momento para agir, deixando ir embora toda a
mágoa, toda a raiva contida, a recompensa costuma ser maior.
Então, em 2014 eu pretendo ser capaz de ter mais paciência
para conseguir ter mais paz e transmitir mais otimismo. Ahhh, desejo tanta coisa! Acreditar mais. Ajudar
mais. Abraçar meus queridos. Me
apaixonar muitas vezes. Espalhar amor, todos os dias. Ensinar e aprender. Virar
poeta, para dar coerência aos sonhos, não é isso? Que a metade do copo esteja
sempre cheia. Proteção, saúde e mais paciência. Que assim seja, amores. Namastê.
Amém.
Amém. Será que este ano empresto meu vestido pra você?
ResponderExcluirHum... sei não!!!
ExcluirIsso ai Lê!! Procurando praticar o evangelho, com certeza, nos livraremos de mais dores, tristezas e frustrações (que já fazem parte da vida) e a nossa carga é transferida para Deus, portanto, viveremos mais leves! Beijos!
ResponderExcluir