domingo, 30 de janeiro de 2011

Começando...

Se me perguntaram aos 18 o que eu estaria fazendo em dez anos, com certeza eu não respondi que estaria vivendo a minha vida de hoje. Eu não sabia nem que profissão queria exercer, mas tinha várias possibilidades: se eu persistisse na medicina, hoje seria uma jovem psiquiatra super conceituada e com consultas caríssimas; se fosse jornalista, já teria viajado descobrindo lugares ou cobrindo eventos esportivos; se eu cursasse relações internacionais, hoje trabalharia para a ONU. Como advogada, já teria concluído o meu mestrado na França e trabalharia com direito internacional na Europa. Se seguisse carreira artística, seria uma grande fotógrafa - produtora - diretora - pianista. Bem, eu não cheguei perto de nenhuma das alternativas acima. Acabei me formando em Direito, mas hoje estudo para concurso público, e já tenho 28 anos. Mas nao é tão frustrante... pelo menos eu não planejava já estar casada e com filhos com essa idade.
E o que essa história tem a ver com o blog? Bem, entre as minhas (muitas) idéias juvenis, uma era ser escritora. Não pensem que eu sou boa, nunca fui. Não tenho um vocabulário amplo, não gosto de português, odeio gramática e nunca ganhei prêmios em concursos de redação. Mas sempre fui uma boa leitora. Por isso acreditava que existia em mim um talento oculto que um dia apareceria, e assim eu escreveria um grandioso livro, e ele me tornaria admirada no mundo inteiro. Hoje não tenho tamanha pretensão, mas não gosto da idéia de ter deixado todos os meus sonhos de adolescente abandonados. Não me levem a mal, acredito que serei uma boa profissional no concurso que me escolher. Mas nunca quis viver apenas para uma profissão. E como os outros sonhos estão realmente perdidos pelo caminho, escrever é o mais fácil e por isso resolvi criar um blog. E ainda assim é preciso muita coragem, pois nunca gostei de ficar me expondo e escrever é se revelar pouco a pouco. O que me alivia é que terei poucos leitores fiéis e que estão acostumados com o meu jeito de ser. O que me apavora é que um dia uma pessoa estranha sem ter nada melhor para fazer, pode acabar descobrindo o meu espaço. Bem, chega de explicações e vamos em frente!