Vou sentir muita falta da cidade incrivelmente maravilhosa.
Cheguei achando que seria tudo um conto de fadas, mas não foi. O que aconteceu foi a vida como tem que ser. Aprendi a aceitar mais as diferenças, a ser mais compreensiva, a não enxergar tão preto ou tão branco. Conheci cores e me joguei no calor, na praia, no samba, no carnaval. Aprendi Direito e direito, política e politicagem, religião e religiosidade. Aprofundei no cinema, na arte, no teatro e na cerveja. Conheci cariocas e cariocas. A falsidade e a amizade. Passei a ver beleza no concreto grande e esquisito, no quarto pequeno que servia também de cozinha, no morro e no asfalto. E nunca enjoei da paisagem, da natureza da cidade que não para de se movimentar e de se enfeitar todos os dias.
Vou sentir falta do que eu não fiz. Eu não saltei de asa delta. Não escalei a Pedra da Gávea até o topo. Não participei de uma maratona e não fiz natação no mar. Não participei de festas na praia. Não fui na Portela. Não comi peixe na Pedra de Guaratiba. Não fui dançar no Viaduto de Madureira. Não me apaixonei por nenhum carioca. Mas no fundo é até bom – sobra um monte de coisas pra fazer quando eu voltar. Porque eu vou voltar.
Agora o que vai doer mesmo é a saudade que vou sentir das pessoas.
Pessoas que se parecem tanto comigo, que quando falam, penso que sou eu. Das pessoas que eu nem sempre sei porque que gosto tanto delas, mas que sempre dão um jeito de me lembrar que não precisa ter explicação: eu gosto demais da conta e pronto. Pessoas que eu nunca teria me aproximado se tivesse ficado na outra cidade, por implicância ou por serem tão diferentes. Pessoas que entenderam quão grande é a minha timidez. Pessoas que me ensinaram a perdoar e a seguir em frente. Pessoas que me ajudaram quando eu estava para baixo, que me fizeram chorar de tanto rir, mesmo contando desastres. Que almoçavam comigo um PF de 3,99. Que me ensinavam a matéria inteira segundos antes de uma prova. Que me fizeram dançar até o chão. Das que me ajudaram a fugir do calor. Daquelas que me levaram para os sambas, para o Maracanã, para apreciar comidinhas diversas, para assistir filmes diferentes, para tomar cerveja no bar da esquina, para conhecer novos lugares, para fugir da cidade, para ter momentos Sex and the City, para dormir na praia, enfim, tanta, mas tanta vida.
Eu sou hoje muito mais do que era 9 anos atrás. Muito mais completa. Muito mais segura. E principalmente, muito mais aberta para o mundo. E hoje eu acredito mais nele, talvez por ter realmente aprendido a viver. Graças à cidade, para onde pretendo um dia voltar a morar, mas principalmente por causa dessas pessoas, que mal consigo descrevê-las – porque elas são as pessoas que pertencem à minha alma.
Obrigada por ter chegado, mas, sinto informar, que nunca vou te deixar partir!
ResponderExcluirLeeee!
ResponderExcluirAinda temos tempo de dançar no Viaduro da Mangueira e muiiiito mais!!
Pra onde quer que você vá, vou dar um jeito de te visitar sempre... Até mesmo porque já vi nas cartas que eu vou te apresentar ao seu futuro marido rsrsrs
Não acredito que vou ficar órfã de uma das minhas amigas mais preciosas. Meu Riozinho lindo fica menos lindo sem você!
Amiga, para qualquer lugar que você for será especial, porque você é assim...
ResponderExcluirESPECIAL!!
Tenho muito orgulho de ser sua amiga (há alguns aninhos, não é??) e a levo sempre no pensamento.
Leilang transforma a vida das pessoas.
Adoro-te e estou com saudades!!
xx
Sara.
Querida amiga,
ResponderExcluirQue bom q vc veio ao Rio, só assim pude conhecê-la, e ótimo saber q vc iniciou outro capítulo da sua estória, rumo a mais aprendizado, vitórias, amores e novas amizades. Estou torcendo por vc, como sempre!!!
Mas... vc faz falta, tá?
Sempre volte pra dar o ar da sua graça de menina.
bjos da Fê Amaro
Ah, você sabe... Você é a grande irmã que encontrei no Rio de Janeiro. Dessas tão raras que falam a mesma língua e que, mais que falar, escutam. Alguém que tem ouvidos para escutar as pessoas e o mundo, em seu eterno movimento. Mundo, gira logo, para que você volte rapidinho!
ResponderExcluirLelaaaane!
ResponderExcluirEu vi que você tinha feito esse texto e nem quis ler!
Sabia que eu ia chorar!! e eu nao me enganei!
Pois é.. Mesmo eu tbm nao estando mais no Rio, já sinto saudades suas lá! Pois se nao fosse nossa querida cidade maravilhosa, nao teria conhecido essa pessoa taaao querida por todos! que se torna indispensável em tudo!
Tudo ficará em seu lugar! E o tempo saberá quando voltar!
Amo você!
Conseguiu escrever tudo o que eu sinto!
ResponderExcluirA saudade é imensa!
Te amo!