terça-feira, 28 de junho de 2011

Começo do verão

Acordada assustada no meio da madrugada, apenas para ver as estrelas. E elas era tão vivas como nunca antes tinham sido. Tão perto - apenas um pedaço de vidro separando de tocá-las. Já esperava um céu assim, mas nem tanto.

Uma viagem por puro impulso. Pode até ser boa né... Pensava que veria algumas paisagens bonitas, mas a cidade, essa deve ser infernal. Tão errada. É incrivelmente interessante. É quente e como uma piada, do nada chove, como sempre acontece no verão. É feia, e consegue ser aconchegante. É suja e também o lugar mais limpo do mundo. Uma mistureba exótica, o que combina com esse lugar tão mágico. 

Pensava que não teria nada; mas no meio do nada existe tudo. Uma paz, uma mistura de fé e encantamento. Não existe como agradecer tal presente. Presentes, aliás. Sentimentos tão revigorantes, tão...

Seria uma forma de arrebatamento? Talvez - não a que tinha pedido, afinal quantos tipos de arrebatamentos são possíveis? Mas impossível ignorar essa mistura de sensação tão indescritível, no meio de um vazio tão intenso. Tanta familiaridade, tanta vontade de ficar apenas mais um pouco. E mais um pouco depois. 

Será preciso sempre ir tão longe para se sentir assim, tão viva? 

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