Todo começo de ano eu fico cansada da cidade. Mas nesse ano, a vontade de fugir gritava em mim. A idéia de ficar aqui em janeiro era praticamente insuportável. E tudo o que eu mais queria era correr, correr do calor, do barulho excessivo, da sujeira, da fumaça, da violência, das pessoas e das enchentes. Depois de quase oito anos, comecei a me perguntar qual é o sentido de continuar
aqui: nada mais me prende nessa cidade. Não me vejo mais morando aqui para sempre. E talvez uma mudança nesse meu momento fosse fundamental para que eu me inovasse.
Mas eu não consegui sair por muito tempo. Fui obrigada a voltar ainda em janeiro, o que me deixou enfurecida. Mas como deve existir um limite para as reclamações, embarguei na onda da "paz burguesa" para não ter que encarar o calor e melhorar o meu humor. E no meio de piqueniques debaixo de árvores, cachoeira na Floresta, mergulhos nas Ilhas, brunch da Lagoa, redescobri um Rio que eu não conhecia. Janeiro passou a ser suportável. E agora que fevereiro chegou, espero novamente me reencontrar nessa cidade que eu já tanto amei e me esqueci.
E ano que vem ainda tem vida dupla!
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